Informação Sumária de Crasto
Padroeiro: S. Martinho.
Habitantes: 509 habitantes (I.N.E.2001).
Sectores laborais: Agricultura, pecuária e construção civil.
Tradições festivas: S. Martinho (11 de Novembro).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Mosteiro de Crasto, cruzeiro, igreja paroquial, Capelas de Santo André e Santo António, ponte romana sobre o rio Vade e quinta de Caldas e serra do Oural.
Artesanato: Tecelagem e bordados em linho.
Colectividades: Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Crasto e Grupo Folclórico de S. Martinho de Crasto.
Resenha Histórica de Crasto
As primeiras referencias a Crasto remontam aos inícios da nacionalidade, referindo-se-lhe abundante documentação. Em 1190, há notícia da doação das igrejas de “Sancti Adriani de Oleiros, Sancti Jacobi de Sampriz, Sancti Romani de Sancta Olaya, et Sancti Michaelis de Brivanes (…)” ao mosteiro de São Maninho de Crasto.
As Inquirições de D. Afonso III, de 1258, dão notícia de que, antes de 28 de Julho de 1180, o rei D. Afonso Henriques coutara este mosteiro. No catálogo das igrejas pertencentes à Terra de Nóbrega, organizado em 1320, o mosteiro de São Martinho de Castro foi taxado em 500 libras.
No registo da cobrança das “colheitas” dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, na parte relativa às igrejas da Terra de Nóbrega, feita entre 1489 e 1493, o mosteiro de São Martinho de Crasto rendia 30 libras, sendo em dinheiro com morturas 2.280 réis.
O Livro dos Benefícios e Comendas, de 1528, de que existe uma cópia do século XVIII na Biblioteca Nacional de Lisboa, atribui a este mosteiro mil rendimento de 90 mil réis.
Américo Costa descreve-a como uma vigairaria da apresentação do convento de cónegos regrantes de Santo Agostinho de Crasto, no termo de Ponte da Barca.
Em termos administrativos pertenceu, em 1839, à comarca de Ponte de Lima, em 1852, à de Arcos de Valdevez e, em 1878, à comarca de Ponte da Barca.
Em 1927, pelo decreto n” 13917, de 9 de Julho, a comarca de Ponte da Barca foi suprimida, sendo as as freguesias do concelho anexadas, para efeitos judiciais, à comarca de Arcos de Valdevez.
Informação Sumária de Ruivos
Padroeira: Santa Eulália.
Habitantes: 261 habitantes (I.N.E.2001) e 249 eleitores em 31-12-2003.
Sectores laborais: Agricultura e pecuária.
Tradições festivas: Santa Eulália (10 de Dezembro) e Senhor do Bom Jesus (3 de Maio).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Cruzeiro, Capela do Bom Jesus, Quinta do Real e Lugar de Ricoleta.
Artesanato: Tecelagem e bordados em linho, cestaria em madeira e cana.
Resenha Histórica de Ruivos
A Freguesia de Ruivos, que ocupa uma área de cerca de 165 ha, distribuídos pela Serra do Ourol, em zona de média altitude, dista aproximadamente 6 Km da vila de Ponte da Barca, a sede do concelho do mesmo nome ao qual pertence. Tem os seus limites estabelecidos com as seguintes freguesias: a Norte a Freguesia de Lavradas, a Sul, a Freguesia de Grovelas, a nascente a Fregueia de Crasto e a Poente a Freguesia de Boivães.
No ano de 1190, Ruivos já se encontra referida em documentos.
Nas Inquirições de 1258, também aparece Integrada na Terra da Nóbrega, tinha então dez casais.
É, portanto uma povoação bastante antiga, pois já em 1048 o arcebispo de Braga, D. Pedro, ali tinha uma fazenda, que emprazou a um Anagildo Fromarigues. Parece ser a Quinta do Real que é também conhecida como solar dos Cerqueiras. De facto, o seu primeiro proprietário foi Gil Cerqueira e sua mulher Margarida Martins Velho.
Em suas encostas produz-se bom vinho verde muito apreciado pelos gastrónomos.
Ruivos, em 1839 aparece na comarca de Ponte do Lima; em 1852 na de Arcos de Valdevez e, em 1878, na de Ponte da Barca.
Compreende os lugares de Aldegão, Burgo, Casal de Baixo, Casal de Cima, Devesa, Igreja, Outeiral, Outeirinhos, Pinhão, Portelinha, Real, Ricoleta, Tufe, Veloso e Vencimal.
Ainda, acerca das referências históricas a Ruivos podemos transcrever, na integra, o que se encontra no livro” Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais Torre do Tombo” «A primeira referência conhecida a Ruivos data da doação ao mosteiro de Crasto, em 1190, das igrejas de São Romão e de “Sancta Olaya”. Nas Inquirições de 1258, documenta-se que Santa Eulália de Ruivos, integrada na Terra de Nóbrega. tinha 10 casais de ordens.
No catálogo das igrejas, organizado em 1320 para pagamento de taxa, esta igreja foi taxada em apenas 20 libras. No registo da cobrança das “colheitas” dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, feita entre 1489 e 1493, sendo arcebispo D. Jorge da Costa, apurou-se o rendimento dela em 30 soldos. Em 1528, o Livro dos Benefícios e Comendas atribui-lhe um rendimento de 19 mil réis. Segundo o Padre A. Carvalho da Costa, esta freguesia era da apresentação da Mitra. A Estatística Paroquial (1862), contudo, refere pertencer a apresentação, alternadamente, ao pontífice, ao rei e ao arcebispo.
Em termos administrativos pertenceu, em 1839, à comarca de Ponte de Lima, em 1852, à de Arcos de Valdevez e, em 1878, à comarca de Ponte da Barca. Em 1927, pelo decreto nº 13917, de 9 de Julho, a comarca de Ponte da Barca foi suprimida, sendo as freguesias do concelho anexadas, para efeitos judiciais, à comarca de Arcos de Valdevez».
Informação Sumária de Grovelas
Padroeiro: S. João Evangelista.
Habitantes: 248 habitantes (I.N.E.2001) e 222 eleitores em 31-12-2003.
Sectores laborais: Agricultura e pecuária.
Tradições festivas: Santa Ana (último domingo de Julho).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial de Grovelas, capela de Santa Ana e cruzeiro.
Artesanato: Tecelagem e bordados em linho.
Resenha Histórica de Grovelas
A Freguesia de Grovelas, está localizada em plena Serra do Oural onde se estende por cerca de 340 ha, Aproximadamente, 8 km separam esta freguesia da Vila de Ponte da Barca, a sede do Concelho a que pertence. Os seus limites estão estabelecidos da seguinte forma: A Norte, as freguesias de Boivães, Ruivos e Castro. A Sul, a Freguesia de Valões, do Concelho de Vila Verde. A Nascente, a Freguesia de Vade – S. Pedro e a Poente, novamente, a Freguesia de Boivães.
Sabe-se que a Serra do Oural tem o seu topónimo a derivar do facto de aí existirem no passado minas para a exploração de ouro. Assim, é de referir que José Augusto Vieira, no livro “O Minho Pitoresco” acentua esse facto, ao lembrar que « (…) segundo a tradição, no sitio chamado a Tina de Ouro, fizeram os árabes escavações do precioso».
Ainda, acerca de topónimos, o lugar de Mámua atenta para o facto de no passado aí existirem uma ou mais mamoas, ou seja há um relação ancestral, com uma civilização castreja que tinha aí as suas culturas megalíticas.
Acrescente-se que acerca da história desta freguesia, no livro Inventário “Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte, Arquivos Nacionais Torre do Tombo” tem-se a seguinte resenha: «As primeiras referências conhecidas a Grovelas datam das Inquirições afonsinas, de 1220 e 1258, sendo nestas últimas mencionada: “In collatione Sancti Johannis de Grovelas”. Nas Inquirições efectuadas no reinado de D. Dinis, vem já citada como freguesia de São João de Grovelas.
No catálogo das Igrejas, organizado em 1320, para pagamento de taxa, Grovelas, incluída na época na Terra do Vade ou de Nóbrega, foi taxada em apenas 20 libras.
No registo da cobrança das “colheitas” dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, feito entre 1489 e 1493, D. Jorge da Costa apurou o rendimento a igreja de Grovelas em 25 soldos, sendo em dinheiro com “morturas”, 113 réis e 8 pretos.
Situava-se na Terra da Nóbrega.
Em 1528, o Livro dos Benefícios e Comendas refere esta freguesia como anexa ao mosteiro de São Martinho do Crasto.
Segundo Américo Costa, São João de Grovelas foi curato da apresentação do mosteiro do Bom Jesus, de Évora, à qual a Estatística Paroquial denomina Paraíso.
Diz, ainda, o mesmo autor, que esta freguesia tinha um rendimento de 250 mil réis mais o pé de altar. Mais tarde, segundo o mesmo autor, terá passado a vigairaria.
Em termos administrativos, pertenceu ao concelho de Aboim da Nóbrega, até à extinção deste, por decreto de 31 de Dezembro de 1853. Integrou depois o de Ponte da Barca. Em 1927, pelo decreto nº 13917, de 9 de Julho, a comarca de Ponte de Barca foi suprimida, sendo as freguesias do concelho anexadas, para efeitos judiciais, à comarca de Arcos de Valdevez».
Entre as tradições culturais da Freguesia de Grovelas, mantém-se o culto a Santa Ana com uma romaria de extrema importância para esta região.
Fonte consultada: Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais Torre do Tombo